quinta-feira, 2 de junho de 2022

AQUI TEM HISTÓRIA – MEUS ESCRITOS ROMANCEADOS


 AQUI TEM HISTÓRIA – MEUS ESCRITOS ROMANCEADOS

Até hoje tenho dificuldade de tascar ponto final nos meus livros em prosa.
Sempre prosa.
Mas tenho poesia que escrevo e falo nos saraus que chamo de ProSia.
Tenho inveja dos poetas concisos. Risos.
Quando começo um novo livro é porque já está sangrando.
Tenho um processo de deixá-los em banho-maria, morgando, e ir em visita quase sempre com as veias menos fervosas.
Então é quando o mundo capota sobre a minha escrita, em achar que merece tratamento e mais tratamento e pesquisas e mais tratamento.
Cada dia aprendo mais ser artesanal, escolher palavras que possam dançar no salão da beleza de agradável som. Nunca contente com o compasso do passo de cada sentença.
Informo que descobri essas sutilezas, depois de muito tempo escrevendo e escrevendo. A idade nos dar mais paciência pra saber até onde pode chegar o alcance das nossas mãos.
Com urbanóides, um caos paulistano, escrevi num mês, vapt vupt! Editei depressa, era um saldo de outros livros que eu tinha com a editora. A narrativa saiu de forma a parecer com uma reportagem.
Literatura operária, do aperreio. Personagem é um retirante nordestino morador da zona sul de São Paulo que dirige um buzão da periferia ao centro pela Estrada de Itapecerica.
Não à-toa fiquei amarrado na concepção do meu último livro #osmiseraveisdaseca por 20 anos. Nesse período também escrevi os livros Bixiga, um cortiço dos infernos e Ângela, um jardim no vermelho. Paraisópolis, caminhos de vida e morte já havia editado (2002) quando comecei escrever Os Miseráveis da Seca. Foi o livro Paraisópolis que me deu a ideia de escrever a trilogia que virou TETRA. Fui estudar História pra escrever os miseráveis, e olha, que eu só tinha o ensino fundamental II, pra isso tive que frequentar EJA ensino médio, só depois consegui fazer o Enem e ganhar 100% de bolsa ProUni pra graduação em História. Pra amarar ficção e realidade dentro do processo histórico nordestino e nacional ficou menos complicado depois da graduação. VAZANTE – Lá e Cá, #vazantelaeca desse ano 2022/23, livro que anda circulando nas redes e nas mãos de algumas pessoas e em muitas escolas publicas com distribuição gratuita, graças ao prêmio ProAc de 2021. Esse livro escrevi num mês, tempo de recolhimento devido a pandemia do coronavírus. Sem fé nenhuma em ser aprovado no edital Proac, por ter tomado tombo de diversos editais com Os Miseráveis. O inscrevi desacreditado, claro, pelas negativas anteriores. Num é que o livro e a ideia agradaram a comissão e me deram quase 10. Oxe! Dei um pulo aqui da minha cadeira quando fiquei sabendo da aprovação dele. Pra este cabra tá sendo dahora, por me sentir valorizado. E vamo KI vamo!...E, pra levantar o astral, assinei outro contrato de mais um livro pra este ano que vem com patrocínio, também, ProAC. O ALUNO VIJÃO E A PROFWSSORA ENSINÃO que vai receber o título definitivo de APRISIONADO. Mais uma vez é uma narrativa que tem tudo de quebrada, sobre um jovem infrator, (injustiçado) que vai parar na fundação casa e será salvo por descobrir a biblioteca, livro, leitura, literatura, saraus e slam dentro da Fundação Casa. Será um campeão interescolar do fundamental II representando uma das casas da Fundação Casa.