terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

CULTURA PARA OS POVOS PERIFÉRICOS JÁ!

A cultura quando aparece para os que menos oportunidade têm de dar de cara com ela, recebe maior atenção e valorização, visto ser as pessoas comuns, carentes em recebê-la, por razões como essa, ela é mais valorizada por classes menos privilegiadas que por aquelas que têm oportunidade diária de ir de encontro a ela.

Citação com conhecimento intimamente ligado à causa, diretamente relacionado a quem pouca oportunidade tem de fato de se dar ao luxo de viver algum momento de prazer que trás a cultura de qualquer gênero.

A carga que carrega um cidadão sem conhecimento cultural e educacional é muito pesada, não cabe sobre os ombros, tamanha demanda de falta de informação.

Visto de ângulo mais encaixado em foco de lente mais fechada, (teleobjetiva) revela o cidadão sem cultura e educação, um prelo sem respaldo para premissa que compense encontrar-se em meio à moderna demanda de tanta informação.

Quando um cidadão comum, trabalhador, estudante, morador afastado dos grandes centros produtores de cultura que encontra respaldo na mídia, se depara frente a qualquer estilo de cultura, encontra conversa para dialogar sobre o que viu por muitos dias, passando a contar do prazer que foi ver os espetáculos de musica, de dança, de teatro, feira de livro. Conversas que o entrega como um não consumidor de cultura, pois quem tem oportunidade de estar presente em todos os eventos que apareçam, deles não encontra ensejo de falar a respeito por ser corriqueiro a essa pessoa consumidor de todas as culturas, o respaldo de estar em todos os eventos.

Diferente do povo das periferias das grandes cidades que, uma vez ou outra, quando surge pelas escolas públicas, ou nas praças das vilas e bairros alguém vendendo a idéia de ir a um teatro ver uma peça, mesmo paga, claro, a preço baixo, conversa têm os estudantes antes e depois a respeito do espetáculo que assistiu, do livro que leu, etc.

Quando os espetáculos de música e dança, teatro e literatura surgem pelas praças dos bairros dessas regiões, público garantido tem os eventos dos fins de semana, retirando adultos, jovens e crianças de casa, portanto da frente do luminoso écran colorido da TV.

Dívida cara tem as elites culturais para os trabalhadores e filhos destes, em trazer a eles todo tipo de cultura, que por tabela também vem à educação. Filas enormes se formam para vê-los principalmente os que encontraram público certeiro em lugar chique quando fazem programação para ser levados aos bairros, ou vendem os espetáculos nos próprios teatros espalhados pela cidade a preços populares com passagem embutida.

Ganham os cidadãos com pouca oportunidade de estar em eventos culturais, informação que vai passando aos outros no boca-a-boca, quando dão por conta, está registrado o título do espetáculo que acaba pegando sem ter que ser engolido goela abaixo pelos meios mercenários de comunicação e garantido a presença em novos que surgirem.
A cultura realmente transforma, é isso que se ver, ligada diretamente à educação, por meio da qual o individuo ganha status de cidadão e pega a não desmerecer os demais frente às loucuras do correr diário.