terça-feira, 7 de setembro de 2021

 

AQUI TEM HISTÓRIA - DESFILE

O 7 de setembro da minha meninice era esperado com entusiasmo pelos estudantes da escola onde estudei no distrito de São Gonçalo, Sousa, PB. Era tipo um beijo na boca da garota por quem se estar apaixonado.

Quinze dias antes começavam os ensaios para a data cívica com maior relevo nacional pelo fato de ser o regime militar a administrar a nação. Desfilava todas as classes de aluno a partir do quinto ano.

Tambores como bumbos, surdos, tamborins e caixas, recebiam no couro cacetada dada por mãos que batiam sem dó para acompanhar o ritmo.

A rua principal da minha vila se enfeitava de cores da bandeira do Brasil.

O verde e o amarelo predominavam balançando ao vento penduradas em postes e árvores.

No rosto de alguns alunos, algum sofrimento pelo sol bater na moleira e o corpo amolecer, mas no da maioria, alegria era o que se via, por estar servindo a pátria mãe gentil.

Máquinas agrícolas do DNOCS se juntavam ao desfile e arrastavam os estudantes com batida de pé no calçamento da rua 16, a principal. Varava minha vila de uma ponta a outra. Desde a escola a ponte de tábua.

Do alto da gruta, nossa senhora jogava seu olhar faiscando proteção aos que desfilavam de encontra ao palco principal.

Crianças e jovens estudantes da escola Estevam Marinho, recebiam na moleira o sol inclemente do sertão, acompanhado por professores e pais. Precisavam ser resistentes para engolir as horas desde as sete da manhã a uma da tarde. Dia em que as mães preparavam alimento melhorado no aspecto, sabor e cor.

Os instrumentos cadenciavam a pisada dos enfileirados e alinhados alunos rumando em direção ao prédio principal da administração pública para escutar discursos de autoridades.


domingo, 6 de junho de 2021

O caldeirão fantástico de José Sarmento para nos lembrar das agruras do nordestino

 Linaldo Guedes

linaldo.guedes@gmail.com

Imagina Antonio Conselheiro, seca braba, imigração e realismo fantástico tudo junto e misturado num livro só. Imaginou? Pronto, é mais ou menos isso que você vai encontrar no livro “Os Miseráveis da Seca”, de José Sarmento, publicado pela Editora Filoczar. Lembram da canção “Caldeirão dos Mitos”, de Braulio Tavares, imortalizada na voz de Elba Ramalho? Então, é mais ou menos naquele tom que se desenrola o romance de autoria desse sousense radicado em São Paulo.

O livro tem um lado pretensioso. Sarmento anuncia que escreve a epopeia do sertanejo do Nordeste ao longo de mais de 100 anos de miséria, exploração e fuga da seca. Sim, parece pretensão dizer que o livro se pretende a isso, mas Sarmento consegue muito bem realizar seu intento. A obra tem como pano de fundo diversos acontecimentos que marcaram a história do Brasil, como a Guerra de Canudos e a Intentona Comunista, entre outros fatos históricos. Então, de certa forma ele realiza sua intenção, lembrando, em certos momentos, alguns filmes do neorrealismo italiano.

Mas o que prevelece com tintas fortes no livro é o realismo fantástico que envolve seus personagens. Principalmente da família protagonista. Como todas as famílias abandonadas pelo poder público no sertão nordestino que passam necessidade em função de seca e têm que se virar como se é possível para sobreviver, a grande família Silva não foge à regra, mas ela tem uma característica toda sua. É tão “fantástica”, que atrai as atenções de um circo. Afinal, qual circo não iria querer entre suas atrações alguém como José Divino Silva, que andava de cabeça para baixo? Ele mesmo, como narrador da trama, conta:

“Foi quando descobri a façanha e a astúcia que era andar de cabeça para baixo também profissionalmente. Formatado na esperteza pelo modo em que tudo começou, quando mãe me jogou no buraco e caí de cabeça para baixo e todos começaram a rir da minha desgraça.
“Tinha que resistir à fome, igual personagem de Mário de Andrade, Macunaíma, para resistir à discriminação nas urbes desse país que se modernizava”.

Mas não só Divino era sui generis. A família toda também atraía as atenções de agentes de circo. A mãe, por exemplo, comia feito uma lagarta e fazia do estômago um saco sem fundo, numa espécie de Dona Redonda de Saramandaia, a grande novela de Dias Gomes? No romance de Sarmento, muitos meninos e meninas da Grande Família Silva dormiam sem a ceia da noite para satisfazer a gula da mãe.

Um dos irmãos de Divino aprendeu a engolir espada. Outro irmão aprendeu a cuspir fogo, depois de encher a boca de querosene. Uma das irmãs chora lágrimas de sangue. Outra irmã mostra ter a vagina mais profunda do que de qualquer mulher e prova isso colocando um tronco grosso de aroeira dentro de suas partes íntimas. Um terceiro irmão engoliu dinamite e o fez explodir no intestino, e por ai vão as estranhezas fantásticas da família para agradar o agente do circo.

Claro que o realismo fantástico não é o mote do livro de José Sarmento. “Os Miseráveis da Seca”, como o próprio nome já afirma, é uma obra sobre a luta pela sobrevivência nos rincões nordestinos de uma grande família que vive à margem da sociedade. Por isso as estripulias de filhos e filhas, como assim fazem grandes personagens da literatura e da cultura nordestina, como João Grilo e Pedro Malazarte, entre outros. Ou o próprio Macunaíma, citado por Sarmento no início do livro.

Neste sentido, a obra de Sarmento é um estuário dos costumes, agruras e poucas alegrias dos sertanejos do Nordeste. Como as cantilenas religiosas e a miséria da população em geral, como é relatada neste trecho:
“Cortava o coração de pobre proprietário de pequenas terras ver crianças desbotadas, de olhos fundos da cor da morte, de face baça caveirada em desdita, de barriga esticada com a pele reluzindo ao sol pelos vermes estocados, parecendo mais carcaças humanas perdidas em meio a vendaval inclemente”.

José Sarmento é extremamente realista ao narrar as intempéries de quem vive na seca, dependendo de “favores” dos coronéis, que era quem mandava na região. Mas o autor também narra a alegria da chuva, da comida farta quando o inverno é bom, das brincadeiras de infância. “O sertão dá e tira, tira e dá, desde tempos imemoráveis”, afirma o narrador em várias passagens da obra. O livro fala de um Nordeste que já foi mais caracterizado nos romances e obras artísticas. Esse Nordeste acabou? Não temos mais coronéis, fome e sub-raças como antes? Será? Ou a miséria apenas foi modernizada e romantizada para ser consumida nas salas de cinema?

Linaldo Guedes é poeta, jornalista e editor. Com 11 livros publicados e textos em mais de trinta obras nos mais diversos gêneros, é membro-fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal), mestre em Ciências da Religião e editor na Arribaçã Editora. Reside em Cajazeiras, Alto Sertão da Paraíba, e nasceu em 1968.

domingo, 23 de maio de 2021


 AQUI TEM HISTÓRIA - PRIMEIROS MESES EM SÃO PAULO

Tempão que São Paulo não me chama de baiano. Ao aportar aqui e cair na vida da construção da estação Sé do metrô para trabalhar como auxiliar de almoxarife, no meio do ano de 1977, (antes de conseguir ser profissional do audiovisual, e depois de ser ajudante numa metalúrgica em Santo André) era tratado assim pelos “paulistas” meia boca filhos ou netos de nordestinos, e os nordestinos de mesmo teor de fervura na discriminação que, como eu, tentavam a vida na grande metrópole. Talvez pela minha figura típica dos conterrâneos, baixo, meio troncudo, narigudo, cabeça sem débito para com a raça inteiramente branca descendentes natos de imigrantes europeus. Se fosse, talvez não me tratassem desse modo. Dizia. Sou baiano paraibano. E tu? Sou baiano sergipano, alagoano, piauiense...Tempo que se podia ser racista estrutural. Em tudo. Menos andar sem a carteira profissional pelas ruas do centro ou periferia. A ditadura te dava umas cacetadas nas costas, chute nas pernas, tapa na cara de mão aberta, murro na boca do estômago, e se fosse subversivo de querer explodir bancos pra assaltar, sequestrar embaixador, te levavam pro pau de arara, ou direto pras covas clandestinas no bairro de Perus. Na minha boca andava uma língua presa sem poder falar, gritar, cantar ou poetizar a palavra liberdade, por também ter uma timidez quase incurável. Pelo meu tamanho aos 20 anos me chamavam de menino. Inda bem que a vida como profissional do audiovisual me curou. Pra sobreviver o que a gente não faz, hein! Tudo dentro da lei e da ordem. O problema hj em dia é chegar a idade em que estou, 66, e perceber o quanto é ruim os esquemas do: CANCELAMENTO. Escritor que não ganhou fama, prêmio ou dinheiro, na minha idade, não tem valor CULTURAL, inda mais vivendo fora do seu habitat natural. São Paulo valoriza quem está no máximo da sua produção, quem não, é cuspido no lixo que não serve nem pra reciclagem.

De qualquer maneira, obrigado e feliz 470 primaveras, por ter me acolhido e não me engolido por inteiro, minha cabeça ficou de fora da tua grande boca e conseguiu enxergar as tuas beiradas com os nordestinos tentando das tuas ruas retirar o sustento.

sábado, 10 de abril de 2021


...E ENTÃO...?
Será que já passou o tempo de nordestino pobre preto marronzinho em São Paulo ser considerado picareta, cimento na cabeça, porta giratória tratado a palavrão, chamado aqui de Baiano, no Rio, Paraíba, passou o tempo de ser garçom servido em prato raso, cozinheiro cozinhado a fogo brabo, ser sobe e desce nos prédios que constrói aos cuidados de ser pisado pelo fresco cimento que acabou de aprumar, depois de pronto nem poder entrar, já passou o tempo de ser marreta de 5 kilos na quebrança de marquise, piloto de motoca na reforma de calçada, marreteiro nas correrias dos semáforos por clientes blindados em seus carrões, ser sardinha empanada na desordem dos transportes públicos ou andando em busca de emprego, passou o tempo de ser avião nos becos e vielas nas favelas, na cidade bem iluminada conservada, usar as festas dos bacanas para traficar droga sintética ou natural a preço bem em conta pra cliente de filho de bacana, passou o tempo de nordestino pobre em São Paulo ser comida barata que engorda o corpo dos donos da cidade?! Hein!? Hein!? Hein!?
Acho que não, e acho que sim, muitos dos conterrâneos estão passando por tudo isso, lá mesmo, pela diminuição da migração, afinal, pobre e semianalfabetos pretos e marronzinhos em qualquer lugar, é fichinha fácil de ser pau mandado pra qualquer obra pra ganhar uns trocados do dia a dia pra morar num quarto e cozinha longe de gente fina.

sexta-feira, 2 de abril de 2021


 AQUI TEM HISTÓRIA – BIXIGA, UM CORTIÇO DOS INFERNOS

A vida no bairro do  Bixiga nos anos 70/80 e daí por diante era muito diferente da dos outros bairros da região central de Sampa. Por motivo do luxo e a pobreza morarem lado a lado. O luxo era oriundo de uma classe média local e de outros bairros que enchiam os teatros, casas noturnas, cantinas e a rua 13 de Maio pela passagem das festas de  Nossa Senhora Achiropita, e o samba batucado, cantado pela escola de Samba Vai Vai e grandes produtoras de cinema como a Linx Filmes, Diana cinematografia, mais os laboratórios de revelação de filmes e de efeitos especiais. Mais tarde cheguei a trabalhar nas duas produtoras citadas. Dava pontapé a minha carreira de técnico em luz e elétrica na boca do lixo. A pobreza era determinada por gente como eu, retirante que tinha Sampa para fazer a vida como migrante de todos os cantos. A diversidade cultural se confraternizava  nos mesmos espaços, ou se engalfinhavam, por que também havia a violência dentro dos espaços internos e nas ruas, com as mortes motivadas pela quantidade de traficante que viviam de suprir de droga os ambientes festivos e os homens que disparavam munição de tapas, murros e bjs no corpo das mulheres. Bixiga, bairro próximo a tudo, com infraestrutura já formada. Atravessou o viaduto estadão, (lá eu comia gostoso sanduíche de pernil depois de sair da rua do Triunfo e ir pro cortiço onde morava na Rua Abolição). Era atravessar o viaduto estava dentro da biblioteca Mário de Andrade, teatro municipal, viaduto do chá, mercadão, comendo o sanduíche de mortadela, rua direita, praça da Sé, Mappin, estação São Bento do metrô para onde me dirigia aos domingos para assistir bandas de todos estilos musicais. Os cortiços e os pequenos aps mais em conta, que cabia um monte, era morada de muita gente, (as kitinetes só cabiam dois ou três), como hj ainda é para latinos, e africanos. Lembro das putas das boates da boca do luxo que dividiam quartos. Nessas boates trabalhavam putas mais elaboradas nas suas majestosas esculturas morfológicas. Logo as mais ajeitadas arrumavam moradias melhores. As desajeitadas ou mais velhas, já quase em fim de carreira, as que viviam de se vender segurando os braços de transeuntes nas ruas da boca do lixo com os peitos e bunda desnudos, essas demoravam mais tempo nos quartos dos cortiços, evidente, por ganharem menos. Todas, as mais ajeitadas e as menos sonhavam em fazer uma pontinha ou ser a principal dos filmes da boca, centrada a produção das chanchadas ou filmes mais elaborados e, logo em seguido, os pornôs,  na rua do Triunfo. Ê vida de luta, de utopias, porém da hora quando a gente é novinho em folha.

terça-feira, 16 de março de 2021


 Novo livro. Os Miseráveis da Seca, de José Sarmento,EUSINHÔÔ, tem narrativa e estética sertaneja e nordestina sobre seca, fome, migração para os grandes centros, e a violência do coronelato da terra. 315 páginas. Editora FiloCzar. Sobre um Brasil mesclado de ficção e histórias surreais que perpassa o realismo fantástico, desde a virada do século 19, correndo todo século 20, até desembocar na primeira eleição de um operário para presidente da república.Os miseráveis da Seaca não me levou a deixar de andar de cabeça pra baixo!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

ENCARNIÇADOS


 

ENCARNIÇADOS - A POÉTICA DO CAOS

CONTO. NUM TOU NEM AÍ! Rsss

Coroas ex-black Bloc com idade entre 60/70 se reúnem pra beber, ouvir poesia e ironizar o país que nunca deu certo para classe social da base.

ENCARNIÇADOS.
Parei quase na metade. Tá em banho-maria. Um outro entrou na linha de produção. VAZANTE-LÁ E CÁ. e agora um outro entro na pauta pro ano que vem com PROAC - O ALUNO VIAJÃO E A PROFESSORA ENSINÃO- Ah, esses ex-eletristas do audiovisual que vira escritor!!! É ELÉTRICO!!!
Encarniçados é sobre o movimento de 2013. Quebradeira. Fogo na Babilônia. A conversa gira em torno de um País injusto e precário pra nossa gente pobre. Fácil escrever sobre a realidade em que se vive. NÉ NÂO, JÂO?!

Revivem momentos sobre suas atuações no movimento que assustou o país por motivo da violência praticada nas ruas de São Paulo. Eram jovens, sonhavam com uma sociedade mais justa. Molotov na mão, cara coberta por pano barato, pavio acesso, lá está o fogaréu destruindo os Donalds, as Drogsis, os maderon...Né, Emerson Alcalde... 
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Emerson Alcalde
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domingo, 10 de janeiro de 2021

AQUI TEM HISTÓRIA - PRIMEIRA VEZ

Fui criado escutando no pé do ouvido por demais a palavra rapariga. Os homens sertanejos enchiam a boca pra dizer. RA-PA-RI-GA!!! Escutava o esculacho a moça que se deitava com algum homem, e quando este não aceitava casar de modo voluntário ou no delegado, (geralmente por ser o moço de família mais respeitada, com um gadinho no cercado, porcos no chiqueiro, galinhas no poleiro, a moça, ao contrário, muito humilde e faminta por um bom casamento), logo recebia a pecha de mulher mundana, da vida, rapariga. Vou te levar pro mato, já! Vamo! Não! Vamo!!

Outros rapazes depressa começavam dá em cima dela. Na casa de algumas dessas famílias de moças pobre mexidas, era isso mesmo, ME-XI-DAS, sobrava para ela ser escorraçada de casa pelo pai austero e muito macho, apegado a moral e bons costumes da época, noutras famílias, a casa caia para o rapaz deflorador de moça donzela, por alguns membros acharem que a moça precisava ser vingada, oh! era uma desgraceira da muléstia, quando forças parentais se juntavam pra fazer justiça com as próprias mãos enfiadas nos alforjes puxando armas municiadas. Muitas mortes dos dois lados. Quando completei 16/17 anos, meus colegas de minha geração de farra, de futebol, de escola, de cachaçada, cobravam muito desse cabra, frequantar pela primeira vez o puteiro da cidade de Sousa.  Era o cabaré pra onde ia a maioria das moças que perdiam a virgindade (defloradas, era a palavra, como diziam os mais velhos). 

Zona frequentada por rapazes e homens de meia idade, fogosos em levar pra cama, o máximo de mulher que conseguisse pra trocar o óleo. Todos gabolas contando pros mais jovens como aconteciam os encontros regados a  cachaça e música brega. Aos 18 anos fui encarar a mulher da vida fácil difícil pela primeira vez numa cama fétida num quartinho infestado de sujeira e barata e rato. Tinha experiência pra não mexer com moça da vila com quem trocava beijos e amassos, dois dos meus irmãos mais velhos se foderam depois de foder suas namoradas e tiveram que pagar por isso no delegado. Um puxou cadeia por um tempo, o outro se casou na marra. No delegado. Pra mim a foda no puteiro foi cara, não um barato, paguei com um dia de salario de boia-fria, graninha ganhada com sacrifício, por trabalhar nos campos colhendo e limpando mato, e uma gonorréia curada com injeção de penicilina. Depois logo migrei pra Sum Paulo e do mesmo modo que fui cobrado pra ir pela primeira vez transar com uma mulher no cabaré da cidade de Sousa, aqui também aconteceu de colegas de firma sertanejos cobrarem pra eu ir no 69, nos treme-treme das ruas Aurora, Vitória, boca do lixo. Um lixo? Fui e foi uma merda! Hoje em dia tanto no sertão quanto nas pequenas e grandes cidades não tem mais esse dispositivo de a família ficar indignada pelas moças irem de encontro ao amor. Tá tudo liberado, e viva a felicidade sem os recalques do passado. Se o amor é lindo, as paixões são avassaladoras. Portanto, pra esse cabra, para o sexo, é melhor está apaixonado do que amando.