terça-feira, 15 de setembro de 2020

O FUTEBOL E SUAS FACES QUE NEM FREUD EXPLICA.


 

O FUTEBOL E SUAS FACES QUE NEM FREUD EXPLICA.

Por mais que se tenha amizade respeitosa e aprofundada por alguém na vida social, profissional e familiar, dentro das quatro linhas de jogo de futebol ela termina no primeiro contato em disputa pela redonda de gomos sextavados, cheia de ar, possuindo desde o ventre enorme vontade de ser tratada com requinte por quem a procura para se divertir jogando o mais amado esporte do mundo.

Ideia que a mim surgiu de escrever esse texto depois de ver o documentário PRETO CONTRA BRANCO, jogo de final de ano que ocorre há mais de trinta na favela Heliópolis, a maior de São Paulo, filme que aborda a diversidade racial, exibido na TV cultura no dia 09/05/08, e passar nas imagens e na relação que tinham os envolvidos, que nunca fugiu a regra ser isso mesmo que ocorre, por mais que seja insignificante em prêmios e comendas para as partes a disputa.

A bola, no caso dessas partidas disputadas em terrão pela periferia, passa a ser insignificância vindo à baila, na relação do querer do homem se sobrepor a qualquer evento que ocorra e que a ele seja exigido o seu melhor, mesmo porque, a maioria não tem tanta intimidade com a pelota, levando muitas vezes à falta dessa intimidade, se darem bem mais e se tocarem também, chegando à pancadaria derrubar quem esteja afogando sua passagem em direção ao bom passe ou ao gol do adversário.

Muito mais pelo poder de possuir a possibilidade de mais uma vitória, levam os jogadores, amigos íntimos fora das linhas de jogo, engalfinharem-se, e muitas vezes serem até mesmo intransigentes e transgressores nas agressões acintosas das disputas.

Seria o cidadão buscando um ponto de apoio na roda-bola que gira inconstante sob seus pés, dando-lhe a eterna insegurança e por isso tentar se colocar com  pseudopoder junto aos da mesma espécie?

Claro que ninguém quer perder, mas muitos para não submergir a chance de ter ganhado, nem que seja no futebol, usa e abusa de subterfúgios oriundos do seu caráter abnegado de querer o poder  a qualquer preço, dando banana para o bom senso, não importando os meios para se chegar aos fins.

Muito comum esse tipo de contato e afronta nas discussões entre os futebolistas que gostam desse esporte bretão, vindo à mofa calhar de existir desde ao cidadão que tenha alto grau de instrução ao mais perrengue nas atribuições intelectuais.

Não só o entretenimento da peleja em luta pela bola e pelas pernas do adversário, põe a pendência em dia, também à possibilidade de extravasar no dia do jogo, tudo que ficou grudado por dentro nos afazeres da semana, pela correia muitas vezes ser acima do que suporta física psicológico.

Futebol é sinônimo de euforia, de tristeza, de luta, de intransigência, de o cidadão conhecer a outra parte do outro. Essa de o cidadão conhecer a outra parte do outro, é pôr ele para as disputas esportivas ou pô-lo no transito de São Paulo às seis da tarde de qualquer dia.Na chuvarada, Deus nos livre! Não o admire se você sentir que o cara não quer perder a qualquer custo, e passa ser do tipo tentar levar vantagem em tudo.

Viva o futebol que aproxima, mas também afasta e desliga o cidadão dos eventos que poderiam ser resolvidos por ele, escolhendo melhores políticos para os cargos que, de onde estarão, os guiarão para as vitórias ou as derrotas.

No Brasil a maioria, é sabido, encontrou mais derrota que vitória, pelo débito que a sociedade abastada tem para com a população que ama futebol, assim como eu, mas que tenta analisar em quem voltar, para o bem de quem precisa de um Estado grande presente.