O FUTEBOL E SUAS FACES QUE NEM FREUD
EXPLICA.
Por mais que se tenha amizade
respeitosa e aprofundada por alguém na vida social, profissional e familiar,
dentro das quatro linhas de jogo de futebol ela termina no primeiro contato em disputa
pela redonda de gomos sextavados, cheia de ar, possuindo desde o ventre enorme
vontade de ser tratada com requinte por quem a procura para se divertir jogando o mais amado esporte do mundo.
Ideia que a mim surgiu de escrever
esse texto depois de ver o documentário PRETO CONTRA BRANCO, jogo de final de
ano que ocorre há mais de trinta na favela Heliópolis, a maior de São Paulo,
filme que aborda a diversidade racial, exibido na TV cultura no dia 09/05/08, e
passar nas imagens e na relação que tinham os envolvidos, que nunca fugiu a
regra ser isso mesmo que ocorre, por mais que seja insignificante em prêmios e comendas para as
partes a disputa.
A bola, no caso dessas partidas
disputadas em terrão pela periferia, passa a ser insignificância vindo à baila,
na relação do querer do homem se sobrepor a qualquer evento que ocorra e que a
ele seja exigido o seu melhor, mesmo porque, a maioria não tem tanta intimidade
com a pelota, levando muitas vezes à falta dessa intimidade, se darem bem mais
e se tocarem também, chegando à pancadaria derrubar quem esteja afogando sua
passagem em direção ao bom passe ou ao gol do adversário.
Muito mais pelo poder de possuir a
possibilidade de mais uma vitória, levam os jogadores, amigos íntimos fora das
linhas de jogo, engalfinharem-se, e muitas vezes serem até mesmo intransigentes
e transgressores nas agressões acintosas das disputas.
Seria o cidadão buscando um ponto de
apoio na roda-bola que gira inconstante sob seus pés, dando-lhe a eterna
insegurança e por isso tentar se colocar com
pseudopoder junto aos da mesma espécie?
Claro que ninguém quer perder, mas muitos
para não submergir a chance de ter ganhado, nem que seja no futebol, usa e
abusa de subterfúgios oriundos do seu caráter abnegado de querer o poder a qualquer preço, dando banana para o bom
senso, não importando os meios para se chegar aos fins.
Muito comum esse tipo de contato e
afronta nas discussões entre os futebolistas que gostam desse esporte bretão,
vindo à mofa calhar de existir desde ao cidadão que tenha alto grau de
instrução ao mais perrengue nas atribuições intelectuais.
Não só o entretenimento da peleja em
luta pela bola e pelas pernas do adversário, põe a pendência em dia, também à
possibilidade de extravasar no dia do jogo, tudo que ficou grudado por dentro
nos afazeres da semana, pela correia muitas vezes ser acima do que suporta física psicológico.
Futebol é sinônimo de euforia, de
tristeza, de luta, de intransigência, de o cidadão conhecer a outra parte do
outro. Essa de o cidadão conhecer a outra parte do outro, é pôr ele para as
disputas esportivas ou pô-lo no transito de São Paulo às seis da tarde de
qualquer dia.Na chuvarada, Deus nos livre! Não o admire se você sentir que o cara não quer perder a qualquer
custo, e passa ser do tipo tentar levar vantagem em tudo.
Viva o futebol que aproxima, mas
também afasta e desliga o cidadão dos eventos que poderiam ser resolvidos por
ele, escolhendo melhores políticos para os cargos que, de onde estarão, os
guiarão para as vitórias ou as derrotas.
No Brasil a maioria, é sabido,
encontrou mais derrota que vitória, pelo débito que a sociedade abastada tem
para com a população que ama futebol, assim como eu, mas que tenta analisar em quem voltar, para o bem de quem precisa de um Estado grande presente.