sexta-feira, 29 de agosto de 2014

REFLEXÃO

REFLEXÃO...E a partir do ano que vem a onde vai nos levar a política neoliberal,  se  a Marina Silva ganhar essa eleição, em? Vai que, na calada da noite, ela forma uma base de apoio neoliberal e até o SUS cai nas mãos deles, também o Banco do Brasil, Petrobras, Caixa, Pré-Sal. Todas essas empresas estatais ou mistas serão entregues a preços de banana, apesar de  banana ter encarecido muito, e os investimentos em cultura diminuídos, em? É  a lógica do mercado, afastar o Estado dos investimentos e deixar a livre iniciativa bater todas as faltas que sejam propícias a gols. Depois de um tempo, se der errado, lá vem eles, os neoliberais, numa grita de ensurdecer pedir arrego ao Estado, dá-lhe a nós pagar a conta. Aí lá vem o Estado salvar aqueles que o quiseram fora. Foi sempre assim.
E as conquistas sócias, tão relevantes para as classes menos favorecidas que precisam da mão gorda do Estado na educação, saúde, transporte, moradia, etc. E o grito do trabalhador comum que geralmente não sai às ruas: por favor, governo neoliberal, pelo que sei fazer e ganho como salário, não consigo acompanhar a subida dos preços, pagar aluguel, prestação da casa própria que o setor privado estipula e faz o preço, preciso do Estado como um parente amigo que ajuda quando da necessidade! Meu carro comprei em sessenta meses, também não consigo mais pagar as prestações, o neoliberalismo tá vindo com muita sede ao pote, os juros tão muito alto!

Quem diária, em, classes A e B votando numa religiosa, se misturando com a bíblia segura por mãos que passam o dia todo trabalhando em suas funções mais simples, e corre nos fins de semana para ouvir os discursos de pastores que precisam que paguem por compra de pedaços do céu para salvar as suas almas sofridas. Lembra-me a eleição do Collor, com a grande mídia o ajudando se Eleger. Será que toda essa gente vai continuar como massa de manobra para as elites desse país? Será que é do tipo “santa do pau oco”, tem um discurso que enseja esperança, mas no fundo não o sustenta quando for levada ao atrevimento do mercado que engole até aqueles com base mais sólida politicamente, e a sua base de apoio no congresso nacional vai ter maioria do baixo clero ou dos políticos eleitos por banqueiros e empreiteiras? Será que as políticas públicas conseguidas com tanta luta com o governo do PT e os partidos aliados, vão continuar privilegiadas para os moradores das periferias que precisam tanto ser olhados com mais carinho, e os jovens,  vão continuar com uma carreira garantida de ter  e fazer um curso superior através de bolsas do PROUNI. Sabe-se que tudo isso tem lei que garante verba no orçamento da união, mas também se sabe  que o Brasil é um dos países que mais vota leis para qualquer evento, mas quando falta boa vontade da classe política, não adianta muito. Quero tá vivinho da silva pra ver o circo pegar fogo, e ver os primeiros a sair chamuscados dos levantes incendiários que virão: os trabalhadores.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Morador do Campo Limpo escreve trilogia sobre bairros periféricos

POR BLOG
24/07/14  18:36
Escritor de sete livros e autor da trilogia “Paraisópolis – Caminhos de Vida e Morte”, “Bixiga – Um Cortiço dos Infernos” e “Ângela: um jardim no vermelho”, José Marques Sarmento, mais conhecido como Zé Sarmento, é morador do Campo Limpo, zona sul de São Paulo.
Zé nasceu na Paraíba e cresceu no campo, entre irrigados e a secura nas estiagens que maltratavam o Nordeste. Trabalhou como boia fria até os 19 anos. Por ter pais analfabetos e na ausência de escolas, alfabetizou-se somente aos 14 nos e, de lá pra cá, nunca mais parou de ler e escrever.
Ainda jovem veio para São Paulo, se casou e se tornou técnico cinematográfico. Após completar 50 anos, decidiu concluir os estudos pelo EJA (Educação de Jovens e Adultos) e, com uma bolsa integral, se graduou em História.
Por todo seu histórico, por ser o primeiro da família na universidade e pelo curso que escolheu, surgiu o interesse em contar histórias da comunidade e da periferia.
Misturando ficção com a realidade, os personagens da trilogia são retirantes que escolheram São Paulo para fugir da miséria.  Por meio deles, Sarmento mostra o desenvolvimento da cidade e o crescimento desordenado com as invasões de áreas de riscos, de mananciais e córregos.
Zé Sarmento escreveu trilogia sobre bairros de São Paulo
Zé Sarmento escreveu trilogia sobre bairros de São Paulo
“Senti a necessidade de mostrar o ambiente de becos e vielas, no qual os personagens vivem, atuam socialmente, constroem suas moradias depois de muita luta das invasões e dos loteamentos populares feitos por espertos agentes imobiliários”, conta.
O autor explica que no primeiro livro da trilogia, o bairro de Paraisópolis se apresenta como solução para a casa própria, em um terreno intermediário da cidade.
No segundo, no Bixiga, no centro de São Paulo, o morador pode se consolidar por meio de invasões dos sem-teto. Já no terceiro, há a luta pela casa própria, nas encostas da represa de Guarapiranga, tendo como cenário o Jardim Ângela.
Para divulgar suas obras, Sarmento explica que onde ocorrer uma aglomeração “fervendo arte”, ele estará lá. Frequentador dos saraus da periferia e do centro, ele lê seus textos e divulga suas publicações. Em bibliotecas públicas, já foi convidado para falar de literatura para estudantes do ensino fundamental, médio e do EJA.
Zé Sarmento ministra palestras em escolas e bibliotecas públicas
Zé Sarmento ministra palestras em escolas e bibliotecas públicas
Este ano, doou 70 livros para uma escola pública em Paraisópolis. Agora, os alunos estão fazendo uma vaquinha para comprar mais 300 exemplares da sua obra, para um projeto de leitura com as turmas do ensino médio, no segundo semestre deste ano.
“O que vale para as editoras capitalistas é o nome, e não o conteúdo do livro. Por isso fui à luta, editei com tiragem reduzida e com produção por meio de demanda. E vou vendendo, doando e quando preciso, peço novos livros. Quem se interessa, envio por correio. Hoje é mais barato editar. Várias editoras já trabalham assim, por demanda”.
Cíntia Gomes, 30, é correspondente do Jardim Ângela
@cintiamgomes
cintiagomes.mural@gmail.com
   
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