Observadores da desgraça dos oprimidos
Tirem o capuz
da face
Desenrolem a
corda
Façam o laço
pra enforcar quem quer nos ver no cadafalso.
A mão do neoliberalismo
tem muito gosto
Em nos
mandar pro inferno.
Querem o usufruto de tudo só para si.
Saiamos de
detrás do muro, (ou de cima)
Espreitemos
com suspeita quem é nosso inimigo.
O cuspe dele arremessa fogo que nos queima o intestino.
Destravemos nossa
boca.
Vamos pra cima
da cavalaria
que intimida nossas ações.
Toquemos a
corneta do nosso alvorecer.
Plantemos o nosso
corpo no chão de sangue
Antes de morrermos pela pátria livre:
Este país é de muitos
Mas só serve
a poucos.
Engrenemos a
primeira marcha
Aceleremos
em direção a quinta
Eles construíram
castelos sem ninguém para abrigar.
Foram
erguidos com dinheiro lavado
Desviado dos
nossos suores.
Sejamos o
ferro que encerre nossas ilusões.
Partamos pra real batendo de frente, na diagonal.
Os novos
tempos querem homens destemidos
Pra fazer
gemidos
Nos que
detém o poder do capital improdutivo.
Zé Sarmento
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