terça-feira, 14 de setembro de 2010

VIVER É ESTAR ACORRENTADO AO SISTEMA


PROSIA XVIII
A vida por aqui tá dura de viver compadre.
Se eu não cuidar dos meus pequenos amarrados a mim
O mundo dos incautos assassinos e ladrões podem roubá-los
Entregá-los aos labirintos sem saída das drogas
Por ser sabido que quando lá estiver e viciado e estragados
A saída ser uma porta que nem arrombada se abrirá.
As possibilidades de futuro serão roubadas
E logo o cidadão será levado com ela para as raias do impiedoso crime.
Esses inimigos merecem ser vistos como os mais mortais de todos
Só assim será trazida de volta a esperança
De se ter uma sociedade menos desajustada
Com cidadãos prontos para seguir o rumo da sua própria história
Sem tropeçar nas aventuras que lhes roubam de ser cidadãos
Com jeito e direito de escolha.
Pelo jeito
Muito ainda tenho que viver acorrentado às argolas que puxam e repuxam minhas carnes.
Sem elas segurando quem saiu do meu DNA
Não encontrarei a liberdade dos sonhos para viajar em busca de um mundo melhor.
Para tanto
Sei que tenho que achar força para seguir adiante
Gastando energia e tentando ganhar mais
Para me alimentar de energia que repasso aos meus
Que com o tempo terão que fazer o mesmo.
Assim seguiremos com o mundo girando
E nós produzindo o necessário
Para manter-nos de pé diante às adversidades
Da tão propagada modernidade que desconchava a vontade de seguir de muitos irmãos.

Nenhum comentário: