sexta-feira, 10 de setembro de 2010

VIVER É ESTAR ACORRENTADO AO SISTEMA


PROSIA XIII
Num tempo ou noutro posso me desfazer de tudo
Mas sei que é uma liberdade ilusória
De passagem.
Tento rever no fundo da alma
Passagens de um passado distante
Que se torna meu amigo bem próximo
Arrasando meu corpo ao puxar mais as correntes.
Mas tudo não passa de Ilusão que se forma para sempre
Dentro deste corpo em movimento
Em busca do repouso suave dos meus coirmãos.
Tudo não passa de ilusão alimentada pela fé
De quem ainda não perdeu a esperança de fazer coisas acontecerem
De modo a melhorar o aparato da sensibilidade
Que é ser um “quase humano” preso ao sistema
Que infinitamente
Não existe para pôr os olhos
E olhar mais adiante
Como se fora verdade tudo que existe ao derredor do meu corpo.
Alimento o fetiche de um dia parar para ensinar a quem não respeita os pros e os contras
E dar uma lição a quem se faz de arrogante
A quem não consegue harmonia de convivência em sociedade
Isto que suscita em harmonia para todos.
Girando sem parar
Estarei também me perdendo de pensar o quanto é ruim está se gastando
Com essas ferramentas de pensamentos que não levam a nada.
Poderia dizer que quem pensa cria
Mas nesse caso estou gastando o que tenho como reserva de inteligência
Para pensar o nada.
O nada me sufoca
Mas é ele que uma vez ou outra
Quer dominar à lógica que tenho que seguir.
Dando vida e recebendo
Só assim estarei apto a ser o pai e a mãe de quem precisa de um porto seguro
Para ancorar suas realizações e frustrações.

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