PROSIA VIII
Se eu parar
Para todos outros movimentos e
Os outros parando
Estarão se chocando no desentendimento.
Ao se chocarem
Produzirão uma onda de energia suficiente para explodir todos os outros módulos
Que circulam junto ao meu corpo
Que se movimenta puxando quem precisa de mim
Para também se movimentar e
Circular num contínuo atuar para sobreviver e fazer sobreviver aos outros.
No circular contínuo
Estarão gastando energia e ao mesmo tempo produzindo.
Esse movimento moto-perpétuo me faz eternizado no espaço sem interrupção
Passando aos demais corpos
Que estão agarrados e presos a mim
Pelas correntes que não se partem e não se afrouxam.
Se isto ocorrer
Será o fim da produção de energia e gasto total dela.
Sem renovação dessa energia
Não se alcança estágios capazes de fazer os corpos entenderem
Que cada um deve fazer sua parte
Para que o todo desse meu universo funcione
Sem promessa de que tudo não passe de um circuito interligado
Mas sem inteligência
Só amparado na capacidade de se ajudarem mutuamente
Para seguir rumo aos anos vividos que me faz circular sem esmorecer.
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