Zé Sarmento e sua VAZANTE de poesia!
Por: Varneci Nascimento
São Paulo tem me proporcionado conhecer tantos escritores e, entre eles meus conterrâneos nordestinos, que trabalham com a palavra nessa megalope de sonhos e desilusões. @zesarmento sempre esteve ligado as artes, mas nem sempre produzindo sua arte que pulsava, desde a infância, no coração e nas veias deste paraibano que foi alfabetizado aos catorze anos. Sarmento é um jovem aposentado advindo do cinema, que está em plena atividade literária, força pulsante que só veio dar mais atenção depois do tempo ganho com o afastamento dos Studios de filmagens.
A literatura deste poeta é tão vibrante como quando ele sobe nos palcos para recitar. Quem assisti-o pensa que ele está brigando, e de fato está, porque sua poesia é denúncia, é faca de dois gumes na goela deste sistema opressor que se acostumou a matar pobre, preto e favelado, ainda por cima, convencê-los de que são os culpados. Estou lendo Vazante no metrô, indo para eventos literários e, às vezes escondo as lágrimas vindas ao rosto, porque vejo em Tonho de Joaquim de Moça os milhões de nordestinos que gastaram suas vidas, em troca de um prato de comida. O triste é ver alguns convencidos de terem feito uma troca salutar. Que venham tantos Sarmentos para usar a poesia como arma de luta social, porque quem se une a dor dos outros pode até ter um inferno astral, mais jamais carregará a responsabilidade da omissão. Vazante foi publicado pela @selintrovoar e é brilhantemente ilustrado por @joao.pinheiro Fico com vontade de ler Vazante, chame Zé Sarmento nestas redes tidas por sociais, que afastam os próximos e aproxima mais ou menos os distantes.
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