Memorial
da nova casa da rua da baixa.
Eu
adolescente tem lembrança da chagada nesta casa.
Cheirava
a reboco e tinta fresca.
Nova
morada, novas amizades, vizinhos.
Quintal
grande e fresco.
Coqueiros,
mangueiras, pinhas, goiabeiras...
Lembro
que planei duas árvores na frente dela.
Não
resistiram ao machado ou ao tempo.
A
maior lembrança e mais triste...
É
quando penso na noite em que parti
Em
companhia de um irmão mais velho.
Meu
pai e minha mãe ficando para trás mexendo as mãos.
Num
adeus quase para sempre.
Era
janeiro de 1977.
São
Paulo foi à saída.
Já
profissional de cinema.
Aqui
pisei sete anos depois.
Voltei
mais duas vezes.
Uma
com a noiva, outra com três filhos.
A
visita dessa gravação
É
a quarta vez em que ponho os pés no meu torrão.
Depois
de 42 anos de migração.
E mais uma vez as
lembranças me jogam em pântano
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