Memorial da casa dos avós maternos
Dessa casa de taipa
As lembranças arrefeçam de dentro d’EU menino.
Meus avós maternos viveram nela até a morte.
Aqui vinha passear com meus pais e irmãos nos fins de semana.
A maior lembrança é das festas de casamento das tias.
Esse terreiro ganhava dança, iluminação de candeias a gás e candeeiro.
Lembro das facas entrando nos pescoços dos porcos e bodes.
Galinhas, capotes e perus eram tratados com água fervente.
Alimento em abundancia entrava pela goela de convidados.
À
noite, a sanfona, o triangulo, a zabumba
Faziam balançar corpos enamorados.
Se
o inverno do ano vindouro fosse de primeira
Mais casamentos com festança tava garantido.
Meu Eu menino andava por todo canto desse pedaço de chão.
Era curioso para descobrir cada palmo de terra cultivada aqui.
Tinha
medo de vaca braba quando a encontrava perdida do rebanho
E
fazia barulho com o chocalho balançando.
Telengo
tengo, Telengo tengo...
Me expulsou pra Sum Paulo!
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