Casa humilde abraçada por serra gigante para eu menino, era refúgio para uma família com muitas crianças querendo mimo de braços de adultos e comida no prato para saciar a fome. Uma escadinha no tamanho dos moleques, apontava a cada dois anos um óvulo fecundado. Havia fervor no prazer de se amarem abraçados na quentura das noites sertanejas.... O catre pocilga de vara de marmeleiro amparava colchão de palha de junco, sempre pronto para receber corpos se unindo para fazer novos filhos. Meu eu menino tem em memória a pobreza, muitas vezes base movediça para motivo de lágrimas no rosto de minha mãe que chorava escondida dos filhos em algum canto mal-cheiroso. De um cantinho de solidão via minha mãe roer restos de unhas carcomidas pela aspereza do sabão, ao retirar fedor de mijo de trapos da grande família. Quantidade de filhos colocados no mundo sem pensar nas conseqüências de como criá-los, não levava a fábrica fechar a linha de produção. Mesmo vivenciando cotidianamente quão difícil cuidar de tantos filhos, continuava a...
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