QUE SERÁ DE AGORA EM DIANTE DOS
MORTOS VIVOS DO SISTEMA CAPITALISTA, HEIN?
Lambuzavam-se no passado sobre os
sonhos que deram conta de dar certo, pelo consumo produzido pelo capitalismo
selvagem ser digerido de forma bastante segura.
Escravos dos investimentos, assim se moviam
para encontrar saída que lhe desse melhor dividendo para conseguir pagar mais
uma parcela de diversos itens que achavam que podiam e precisavam possuir para
mostrar sua casca esculpida no espelho de Narciso.
Ferragens com engrenagens bem
distribuídas prendiam muitos mortos vivos sobre moderno sistema de aplicação
financeira dominada por pequena elite mundial e nacional.
O que será deles a partir de agora
depois dessa pandemia?
Como assim, o dinheiro no mundo não
acabou, nem passou para outras mãos, de maneira a deixar liso, quem muito acumulou.
Nesse cárcere, presos sub o jugo do
poder que muitos detêm para sugar o que resta como material de capital e as
veias minerais do planeta, muitos deles acreditam que é o fim para quem achou
que ia viver um pouco mais explorando mercados de capitais.
Nesse momento abutres espreitam pelas
saliências das paredes de pedras extraídas de pedreiras que produzem os mais
finos mármores.
Ratos são vistos esperando o
anoitecer para sair das tocas e abocanhar seu milhão que acabou de virar cinza
no decorrer da baixa de ações. São filhos de deus e precisam de resto de
alimento para não sucumbir em suas locas escuras de degeneração, na umidade do
buraco da gruta do mundo imundo.
Por que tentei ser o que fui, grita
um investidor com papéis sem valor não mão, se em todo lugar que ia não
encontrava conciliação, só obrigação?
Devia ter me tornado assassino dos
donos do poder desta tormenta, grita outro. Não estaria morrendo aos poucos sem
poder me defender do fracasso do lucro fácil que persegui.
Os vermes que precisam da podridão do
sangue dos miseráveis engordam sem precisar se locomover por muito, grita um
terceiro, pegando nossos míseros investimentos em ações sem reações.
Encontra quem o satisfaça sem receber
na fuça a força de um coice a fim de dilapidar o inimigo. Por mísera quantia
compra qualquer um que queira ser no futuro um co-participe dos afortunados de
valores vindos da escravidão moderna.
A grita ecoa de muitas gargantas que
só têm esse órgão para se defender, já que, as amarras, não deixam mover-se mais,
por ter queimado o que tinha em dinheiro nos cofres de algum banco.
Todos gritam pra ninguém, só
conseguem soltar a voz quando estão longe daqueles que mandaram prender-lhes.
Nosso sangue os alimenta, por sermos
presas do poder que emana do capital especulativo.
Ah, se poder eu tivesse para quebrar
essas correntes e descerrá-las nas costas arrombando ferida que os ensinassem a
ser gente mais adiante com respeito as outras gentes.
Respondam: será que aprenderiam a
respeitar os subalternos oriundos da miséria absoluta que produziu este país ao
longo de centenas de anos?
Na escuridão desse cárcere muitos
fazem de tudo pra participar, ninguém sairá ileso de ser sugado, mordido,
triturado, amarrado pelas correntes do metal do desenvolvimento capitalista.
Cada um que se cuide para não ser
sugado pelos morcegos, sanguessugas, ratos e abutres que nutrem amor pela carne
de novos corpos que se lançam no mercado, para no futuro morrer feliz, rindo do
poder que conseguiu possuir para fazer mais cárcere e mais prisioneiros para
mais produção de bens de consumo. O colapso do sistema financeiro internacional
ia me fazer dar muitas gargalhadas no edifício mais alto da Quinta Avenida.
Com essa pandemia, imagina quantos
papéis com muitos dígitos, angariados por poder arbitrário, não perderam valor
e seus donos mais velhos hospitalizados sem poder de medicamentos para retornar
a vida.E o fim para muitos é a cova.
José Sarmento
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