domingo, 23 de agosto de 2020

AH, ESSE SILÊNCIO!

 Ah, esse silêncio!

Paralisação. Sou homem de movimento.
Estar onde tem gente de olhar fixo na luta diária.
Em observância.
Cada um com suas pernas em movimento apontando um ponto fixo.
Para chegar neste universo de concorrências desleais primeiro.
Uns levando fardos pesados que não vale o prato que comem.
Outros levando leves pastas com assinaturas que valem milhões.
Uns puxando o corpo pesado com fisionomia de perdedor.
Outros com corpos leves com fisionomia de vencedor.
É por isso que gosto de movimento. Pra frente.
É o que se aprende desde a tenra infância, chegar primeiro.
No banco das escolas, nas brincadeiras dos parquinhos, no futebol, nas conquistas do amor.
Deveras tenho contradições a respeito.
Gosto do silêncio quando ele quer me extrair de dentro.
Movimentos que imprimam sabor artístico.
Dá asas a imaginação.
Retroprojetar tudo captado quando no meio da gente.
Silêncio, silêncio!
Hoje eu quero silêncio!
Não ver que estou exercitando minhas asas abertas tentado voar na minha poesia!

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