Por que do futebol na vida social?
Pelo cidadão querer se comunicar, se divertir,
interagir.
Esquecer as
picuinhas da semana pelo suor que o encharca segurando poeira sujeira do brabo
terrão.
Sujeira que enfeza
as máquinas de lavar antes de deixar enlouquecida as mãos das donas da limpeza.
O futebol
serve pra tentar manter o físico em dia e enaltecer os exercícios bom pra cachorro.
O futebol
serve pra dizer tudo de palavrão sem interferir no vocabulário social fora das
quatro linhas e ninguém
encher o saco o descaracterizando do contexto social.
O futebol
serve pra dar pontapé no patrão e dizer que jogo é pra macho,
sem medo de
ser dispensado do emprego na segunda-feira.
O futebol
serve pra sair pra beber com os amigos sem a companhia da mulher.
Oh, que bom,
mesmo sabendo que de volta catando cavaco e o cão vira-lata lambendo a fuça, encontrará a
desposada de cara fechada, assim como
fechará o bem bom dela nessa noite, ou irá repousar na casa da mãe que é
salvaguarda de aconchego certeiro.
O futebol
serve pelo tempo passar sem ser visto por quem joga e tá perdendo,
mas ser uma
eternidade para quem tá ganhando.
A bola é ótimo instrumento de organização social, de
confraternização, de reação contra reação, de administração dos sentidos, movimentos.
É assim em todas as sociedades desde os primórdios do
futebol,
quando surgiu correria parecida nos idos de 3000 a.C
na China,
sem nenhuma regra evidentemente,
quando soldados do imperador Chinês
chutavam cabeças degoladas por espadas de lâminas
afiadas.
Mais uma invenção da velha China.
Futebol também é poesia, quando a bola é tratada como a tratou os pés do Pelé.
Poesia pra eternidade.
Deixando de ser poesia, quando os carrascos jogadores a tratam sem
intimidade.
Quem não troca a mulher da pseudo-seriedade do
casamento por uma boa pelada nos fins de semana.
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