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segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Ah, como gostaria que Dá-Tena perdesse o emprego.
Ah, como gostaria que Dá-tena perdesse o emprego.
Não dá.
Pra isso acontecer, teria que todos, ao invés de bater, beijar
Ao invés de matar, abraçar
Ao invés de destruir, construir
Ao invés de fazer chorar, sorrir.
Ah, como gostaria que Dá-tena perdesse o emprego das 6h da tarde.
Pra isso teria o céu, ao invés de ser cruel, ser fiel
Ao invés de mandar toró pra fábrica da calamidade
Mandar suave chuva para o plantio da calmaria.
Pra que esse cidadão da comunicação perca o emprego
Precisaria que os políticos, ao invés de anticristo, Ser Cristo
Ao invés de desviar as verbas das repartições
Repartissem quinhão a quinhão
O valor que cada comunidade tem por direito.
Para isto teria que a humanidade andar pela ‘orde’.
Que o céu só fosse operado pelo esplendor da natureza
Que as favelas deste torrão deixassem de ser invasão
E que o poder público não negasse ação.
Teria que a violência deixar de ser real
Que o amor não fosse desleal
E que as paixões não fossem ‘passional’.
Que as cicatrizes fossem fechadas
Que as perebas fossem saradas
Que os serviços públicos funcionassem e que o transporte levasse.
Ah, como gostaria que Dá-tena perdesse o emprego.
Não dá, a vida tá sempre em movimento
E a educação não alcançou um nível de satisfação
Pra fazer de todos, bons cidadãos
Bons pais e bons filhos
E que os casais e amantes fossem doutrinados no respeito.
Ah, como eu gostaria que Dá-tena perdesse o emprego das 6h da tarde!
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