quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O 'ser' POETA

O ‘SER’ POETA
Ser poeta é andar na corda bamba 
É segurar a vida por um fio de esperança
É andar feito itinerante sem pensar no amanhã.
Ser poeta é viver a margem 
Olhando a natureza e sua beleza 
Escutando os sons da natureza 
Mesmo que esta tenha na entranha de si
Partes que o homem destruiu.
Ser poeta é ser andarilho
Sem pousada para pernoitar
É sair em busca do amor de uma mulher carente
Que lhe dê vida sem reticências
E a faça continuar sua peleja de versejador.
Ser poeta é tentar fazer do fogo que lhe queima
Água que lhe acalma
Trazer do sofrimento
A paixão pela palavra.
É alimentar sem demandar em dívida
A alma que está sempre cheia de vida.
Ser poeta nos tempos da pós-modernidade não é fácil
Mas para o verdadeiro poeta
Poesia é luz que sai das entranhas da mãe terra
Feito fogo fátuo de um poeta morto numa batalha
Esta vida louca inspira ao poeta continuar
Muitas vezes sobre o mar revolto do seu levante
Ou pelas estradas distantes da realidade
Mas sempre em busca de uma revolução armada
Para dar suporte à sua criação literária
Que sem ela
A vida não teria sentido.
A poesia na cabeça do poeta está sempre alerta
Louca para dar a luz a uma nova estrofe
Um trocadilho.
Do popular ao clássico
A poesia requer um quarto para dormir
Para no outro dia
Ela e o poeta se acharem
E tentar esquecer a fúria que passou durante o dia.
Viva o poeta de qualquer natureza
O que declama
O que reclama
O que escama
O que embola
O que vive de esmola
O que muito namora e quer o máximo viver.
Estes são pessoas/poetas
Que andam na corda bamba e com a emoção a mil
Querendo a cor azul do céu de anil
Para cobrir o seu viver na paz.
Zé Sarmento

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