quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O NADA


Quem falou que sou assim, pra lá e pra cá?

Quem falou que tenho muitas dúvidas pelo fato de estar vivo?

Não, isto são interferências do passado,
Agora sei o que quero, ir de encontro a tudo
Para depois encontrar o nada.

É o nada que me faz flutuar e criar,
Para logo depois achar que a cria não é nada... e tentar melhorá-la.

O nada é peça de difícil encaixe sobre tudo que existe, porém,
Que mais tarde,
Se tornará nada sobre toda estrutura que esmaga.

Esse nada é foda entendê-lo,
Justamente por ser nada nesse mundo apinhado de tudo,
Que faz que as pessoas matem umas as outras
Para no quadrado mundo de hoje
Ser amparado e se achar no tudo ter.

O nada é uma porta aberta para a morte...
...E a alma discreta ou protegida da desordem,
Estará sempre na luta para ser alimentada pela flecha do destino.

Porta do destino que indicará uma saída para o tudo,
O tudo que a sociedade consumista
Quer como bens, construído pelo suor da semi-escravidão.

Tudo que nada conseguirá a sociedade levar para o inferno,
Se conseguiu se arrumar no mal.
Tudo que a sociedade conseguirá levar para o céu,
Se conseguiu se arrumar no bem.

Assim dita o cristianismo.

Moral da história...

O nada é o que levaremos para a última morada,
No interior de um caixão coberto de ouro,
Ou forrado pela aspereza da miséria num enterro indigente.
Viva o nada e sua falta de sabedoria
Que faz do homem um ser ainda em construção.

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