segunda-feira, 16 de julho de 2007

CARTA DE LEITOR DO LIVRO “UM HOMEM QUASE PERFEITO”

São Paulo capital, novembro de 2000

Caro escritor,

É com muito carinho e admiração que escrevo esta simples carta. O motivo que me leva a escrever-te é o seu prezado livro “Um Homem Quase Perfeito”, leitura a qual fiz com muito gosto e prazer.

Sou um amante de leitura e recentemente resolvi ler livros de autores que desconhecia, era um belo feriado prolongado de finados, quando indeciso procurava um livro interessante na biblioteca pública do Tucuruvi, bairro onde resido.

Muito feliz encontrei o seu livro, com o título que me chamou a atenção, resolvi que aquele preencheria minha tarde de sexta feira. Tenho que parabenizá-lo pela ótima capa e fotografia.

Sou muito crítico com as minhas leituras e quando o autor não consegue transmitir sentimentos, logo para de ler e troco por outro livro. Felizmente esse não foi o ocorrido com seu livro. Comecei a ler e não parei mais, quando percebi já tinha “devorado” o livro todo, passei a tarde lendo, e não é qualquer livro que consegue prender a minha atenção do começo ao fim.

Quando cheguei ao final do livro e vi seu endereço resolvi, pela primeira vez escrever para um escritor. Tenho que parabenizá-lo pelo seu estilo, pelo conteúdo e pelos sentimentos e lições que o livro nos apresenta.

Gostei muito de sua obra, sou paulista e nunca fui ao sertão, cresci e passei meus dezoito anos no meio dessa “selva de pedra”, mas com seu livro eu pude ver cada cenário, cada personagem, cada árvore, a terra rachada, o calor, a fisionomia das pessoas. É como se eu tivesse acompanhado a vida do Fufuba pessoalmente. Pude repensar sobre os temperamentos humanos.

Fico muito feliz em ver que o Brasil, ainda, possui ótimos escritores como você. Não sei expressar em palavras os sentimentos que você com muita facilidade expressou em seus personagens que no cenário brasileiro são muito reais. Você escreve como alguém que presenciou de perto, pois em cada capitulo você transportou o leitor para dentro dos bares, das casas e para cada gole da “marvada”. Mas uma vez meus parabéns.

Gostaria de saber quais são os autores que você gosta de ler, e quais aqueles que te influenciam. Por não conhecê-lo senti falta de uma breve biografia no final do livro e acho que seria legal uma apresentação no inicio. É um pouco estranho ler algo de alguém que você gostou, mas não saber de quem se trata. Não entendi porque a publicação do livro só foi possível graças a lei número “não sei quanto” do ministério da cultura? Você encontrou muita dificuldade para publicar sua obra?

Procurei através do fichário da biblioteca outras obras com seu nome, mas não encontrei, gostaria de saber se você chegou ou pretende escrever outros livros?

Com muito prazer gostaria de ler outras obras e textos de sua autoria.

Quais foram seus objetivos ao escrever “Um homem Quase Perfeito”? Sei que não deve ser fácil a publicação de um livro, mas espero que esta carta seja um incentivo para que você continue escrevendo. Claro, como um leitor admirador gostaria de pedir seu autografo, uma carta assinada por você seria guardada como uma grande lembrança.

Sou estudante e um dos meus sonhos é escrever um livro, infelizmente, hoje em dia as pessoas não lêem muito, as que lêem gostam de ler coisas místicas, ficção, coisa que eu não perco nem um segundo lendo, pois gosto de leituras inteligentes, assim como seu livro que agora recomendo aos meus amigos.

Espero que esta carta tenha sido do seu agrado. Desejo a você e seus familiares saúde, alegria, sucesso e reconhecimento. Que você seja reconhecido e consagrado por muitos críticos e amantes da leitura.

Atenciosamente,

Marco Antonio Garcia

06/11/2000

“Se seus sonhos estiverem nos céus, lá no alto, saiba que eles estão no lugar certo, agora construa os alicerces”

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