sábado, 1 de março de 2014

TIREMOS O CAPUZ


Observadores  da desgraça dos oprimidos
Tirem o capuz da face
Desenrolem a corda
Façam o laço pra enforcar quem quer nos ver no cadafalso.
A mão do neoliberalismo tem muito gosto
Em nos mandar pro inferno.
Querem o usufruto de tudo só para si.
Saiamos de detrás do muro, (ou de cima)
Espreitemos com suspeita quem é nosso inimigo.
O cuspe dele arremessa fogo que nos queima o intestino.
Destravemos nossa boca.
Vamos pra cima da cavalaria que intimida nossas ações.
Toquemos a corneta do nosso alvorecer.
Plantemos o nosso corpo no chão de sangue
Antes de morrermos pela pátria livre:
Este país é de muitos
Mas só serve a poucos.
Engrenemos a primeira marcha
Aceleremos em direção a quinta
Eles construíram castelos sem ninguém para abrigar.
Foram erguidos com dinheiro lavado
Desviado dos nossos suores.
Sejamos o ferro que encerre nossas ilusões.
Partamos  pra real batendo de frente, na diagonal.
Os novos tempos querem homens destemidos
Pra fazer gemidos
Nos que detém o poder do capital improdutivo.
Zé Sarmento