quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ah, como gostaria que Dá-tena perdesse o emprego.



Não dá.Pra isso acontecer, teria que todos, ao invés de bater, beijar, ao invés de matar, abraçar, ao invés de destruir, construir, ao invés de fazer chorar, sorrir.
Ah, como gostaria que o Dá-tena perdesse o emprego das 6 da tarde.
Para isso teria o céu, ao invés de ser cruel, ser fiel, ao invés de mandar toró pra a fábrica da calamidade, mandar suave chuva para o plantio da calmaria.
Pra que esse cidadão da comunicação perca o emprego, precisaria que os políticos, ao invés de anticristo, Ser Cristo, ao invés de desviar as verbas das repartições, repartissem quinhão a quinhão o valor que cada comunidade tem por direito.
Ah, como gostaria que Dá-tena perdesse o emprego.
Para isto teria que a humanidade andar pela orde
Que o céu não fosse operado pelo esplendor da natureza,
Que as favelas deste torrão deixassem de ser invasão e que o poder público não negasse ação.
Teria que a violência deixar de ser real,
Que o amor não fosse desleal e que as paixões não fossem ‘passional’.
Que as cicatrizes fossem fechadas, que as perebas fossem saradas, que os serviços públicos funcionassem e que o transporte levasse.
Ah, como gostaria que o Dá-tena perdesse o emprego.
Não dá, a vida está sempre em movimento e a educação não alcançou um nível de satisfação, pra fazer de todos, bons cidadãos,
bons pais e bons filhos e que os casais e amantes fossem doutrinados no respeito.
Ah, como eu gostaria que o Dá-tena perdesse o emprego!