domingo, 24 de julho de 2011

Zé Sarmento - Uma História de Luta Sem Maquiagem

Zé Sarmento, é operário da luz iluminado pela literatura desde Janeiro de 1977 em Sampa. Em menino, lá pras bandas do sertão da Paraíba, Sousa, andou com muita lombriga no bucho por andar de pés descalços no lamaçal dos "córgos" no período das chuvas. Cresceu vestindo calção de saco de açúcar costurado à mão pela mãe Dona Francisca. Boia fria como diarista trabalhando nas lavouras de arroz, tomate, algodão, bananeira e tantas outras culturas de subsistência – o que mais odiava fazer no calor desgraçado, era colher arroz e trabalhar na enxada limpando mato em milharal pendoando. Com a merreca comprava sapato plataforma, calça boca de sino, pagava para trepar nas prostitutas da zona de Sousa, e pagava o ginásio para completar o ensino fundamental, depois de aprender a ler só aos 14 anos. Tinha pais analfabetos de pai e mãe. São Paulo foi à saída para fugir de miséria secular e fazê-lo sonhar com vida mais digna, por ver oito irmãos homens coçando os bagos. Aqui se fez técnico cinematográfico. Cursou História depois de voltar a estudar aos cinquenta anos, depois de cursar o ensino médio na EJA de uma escola estadual. Têm romances publicados em papel que anda por aí nos sites de literatura e livrarias, mas gosta mesmo é de negociar seus livros olhando nos olhos do leitor, pelos saraus da cidade e escolas em que faz palestras literárias para alunos do fundamental, médio e EJA e solta com liberdade suas poesias  raivosas.
Livros: Um homem Quase Perfeito, Urbanoisdes-um caos paulistano, A Revoluçao dos Corvos, O Sequestro do Negativo Exposto, Paraisópolis-caminhos de vida e morte, Bixiga-um cortiço dos infenos, Ângela-um jardim no vermelho, GUERREIRA.
Entende que ainda tá aprendendo a escrever, pois que, não teve uma formação adequada na educação formal e nas escolhas, sem escolhas, das centenas de livros que leu desde que aprendeu a ler. Tá fazendo um esforço da peste para tentar melhorar como poeta e escritor.