segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

SÃO PAULO...


São Paulo...
Ares dos meus pulmões que se inflamam ao te abraçar com esses versos travessos.
Cores das minhas pálpebras intumescidas por chorar teu sangue derramado pelos pipocos das armas de fogo e das lâminas ligeiras que saem de mãos opressoras.
Odor do meu olfato é fato elevado pela chuva de verão que te arrasta pelas encostas.
Beijei a selva do teu rosto encrespado quando das incertezas
Ao me expor dentro de ti em dia de busca pra me fazer gente.
Das tuas cinzentas pedras de levantar ilusão saem gotículas ridículas em forma de granito para machucar a minha face... hoje menos meiga.
São Paulo - Entusiasma-me a alma...Destrói-me a alta estima, e a reconstrói...
Estica meus dias puxando o elástico da minha existência para baixo e para cima...És uma cidade que mata e faz nascer, que adoenta e medica, que bate e acalanta.
Estás segura numa base movediça para distribuir a quem não te conhece o improvável.
Por vias tortas me alinha as vistas e me destroem as vísceras
por negar uma vez ou outra o remédio para alimentar a minha ilusão.
Emoldura-me o entusiasmo uma hora
Pelo porvir da tua produção
Noutra me nega a mão cheia de dedo da segurança, por ser uma corda bamba viver no meio de te e por ti
Por ter governantes tão dispostos a ser incoerentes para com NOSSA gente carente.
São Paulo - Entrei em ti há muitos anos
E há muito... como um insano que aprisiona idas e vindas
Estás sempre pronta pra fazer o SER renascer das cinzas feito a fênix.
São Paulo - Se és como é... Não é culpa da tua maestria para uns
falta dela para outros. É a fera que existe em cada um de nós
para te enfeiar ou te deixar bonita...Quando adentramos tuas artérias para produzir sangue sadio... que os políticos mal intencionados faz apodrecer em teu corpo complexo.
São Paulo - Agradeço a ti a constituinte do meu íntimo revolto uma vez ou outra...Apaziguado quase sempre... Pelo conhecimento adquirido por dentro deste corpo que renasce a cada chuva toró sem piedade da tua gente das encostas.
São Paulo - Desejo a ti mais glória irmanada na ordem...e aos teus moradores...
Os odores da cidadania...
Sem a névoa embaçada da desordem
que é viver fora de foco pelas tuas ruas...
Procurando alimentar sonhos tão comum a quem chega a ti
dos rincões deste Brasil
sem experiência de vida.